26/08/2014 19h26 - Atualizado 23/05/2017 13h16
Grupo de Estudos – Avaliação psiquiátrica pericial de crianças e adolescentes
Por Terezinha
para IARGS
para IARGS
No Encontro do Grupo de Estudos de Direito de Família realizado hoje, 26/08, a médica psiquiatra Miriam Fontoura Barros de Santis discorreu sobre o tema “Avaliação psiquiátrica pericial e manejo psicoterápico de crianças e adolescentes vítimas de violência intrafamiliar”, na sala de reuniões do IARGS.
Entre outros tópicos, a médica abordou, em termos gerais, sobre a proteção integral dos Direitos da Criança vítima de violência e como o psiquiatra especialista em crianças e adolescentes pode contribuir com os operadores do Direito e Judiciário por meio de uma avaliação pericial psiquiátrica que sirva como prova nos autos. “A perícia feita por um profissional é um embasamento de suma importância”, informou.
De acordo com a psiquiatra, que é membro da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), da Associação de Psiquiatria do RS (APRS) e da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre (SPPA), o correto manejo psicoterápico da criança e da família pode minorar o sofrimento psíquico e sequelas da violência intrafamiliar. “A negação contribui como fator conspirador ao diagnóstico e condução adequada dos casos de violência intrafamiliar”, afirmou, destacando a necessidade do especialista entender o mecanismo de negação e o segredo familiar.
Segundo informou, é possível proteger a criança por meio de ações preventivas e curativas, ao longo do processo, além de um trabalho interdisciplinar com a vítima e sua família a fim de amenizar os traumas e prevenir futuras patologias.
No entendimento da especialista, é muito bem-vinda a integração das ações dos profissionais do Direito e Saúde Mental visando a minorar o dano secundário ou reutraumatização. Para a Dra Miriam, é muito importante se trabalhar com a esperança, pois, na sua avaliação, os problemas têm solução.
“Cada um deve acreditar na importância do seu trabalho, tanto os profissionais da área de Saúde Mental como os do Direito, investindo em capacitação sem desanimar frente às dificuldades e sentimentos de impotência diante de situações de violência. É preciso acreditar que é possível amparar, acolher, proteger e tratar muitas destas situações traumáticas”, concluiu.
Terezinha Tarcitano
Assessora de Imprensa